quinta-feira, 14 de abril de 2016

Jurassic World. Uma resenha. Parte 2

Jurassic World. Uma resenha. Parte 2

(Spoilers adiante, embora em minha opinião as mais importantes não estão aí)

Desde que eu não mencionei anteriormente, as duas sequências, eu posso deixar de lado de modo geral. O Mundo Perdido tem uma fantástica série de ações enfiadas aleatoriamente numa trama maldosa e sinistra enquanto que Jurassic Park III é um filme B bem sucedido, mas só isso. De muitas maneiras, Jurassic World (que até aqui eu me recusei a me referir a ele com o medonho título da tradução feito para a compreensão de crianças de até 4 anos de idade, "O Mundo dos Dinossauros", está mais para fazer publicidade dos Tellitubbies) é a sequência que a franquia estava esperando: é claramente (ruidosamente, de fato, se dirigindo ao território de Aliens, isto é, uma extensão maior, mais rápida, mais cruenta, gráfica da experiência original, trocando suspense crescente e gradual por ação desenfreada. Uma boa ideia, mas seguida talvez um tanto servilmente: velocidade e eficiência são uma coisa, mas aqui está um filme que tem tanta pressa de chegar à parte boa que quase esquece do primeiro ato.

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Essa falta de vontade de levar o filme mais devagar no começo é uma decepção, desde que a preparação para como esse mundo funciona parece ser bem interessante para merecer outro passeio no trenzinho de boas vindas (lembra do primeiro filme quando o criador do Parque leva os visitantes num trenzinho explicando como tudo começou e como funciona?). Nossa história: Décadas depois dos desastres do Jurassic Park original, a corporação InGen especificamente quando o exuberante bilionário Indiano compra a "reserva" de dinossauros clonados e realiza completamente o sonho do seu falecido funadador de torná-la num destino turístico e um pouco mais num tipo de Sea Wolrd. Mesmo assim, no fundo ele é ainda um outro exêntrico que não economiza nada para deliciar os turistas e se preocupa mais com lucros de de-extinguir dinossauros...

...infelizmente, todo mundo também se preocupa com lucros e conforme o filme propriamente inicia a nova chave para criar mais lucros parece estar mexendo com a genética dos dinossauros para criar versões ainda maiores, mais assustadoras, com o objetivo de impressionar o público já calcinado onde o velho T-Rex se tornou lugar-comum.
O protótipo para essa nova aventura é o Indominus Rex, um"híbrido" criado em laboratório que é basicamente mais ágil e maior que o T-Rex e com mãos usáveis que os seus criadores descobrem tarde demais, é muito mais inteligente do que supunham a ponto de planejar uma fuga de sua jaula e "perturbada" (é uma fêmea) pelas circunstâncias de seu desenvolvimento o bastante para iniciar uma onda de matança dino-contra-dino que em breve coloca em perigo o parque lotado de turistas - e em particular os jovens sobrinhos da cientista-chefe Claire (Bryce Dallas-Howard).

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quarta-feira, 23 de março de 2016

Jurassic World. Uma resenha. Parte 1

Jurassic World. Uma resenha.

Então aqui está minha mais tenebrosa confissão de uma geek de filmes: eu não considero o original Jurassic Park (Parque dos Dinossauros. Não dava para terem traduzido literalmente para Parque Jurássico) como um clássico inatacável. Eu sei que isso não faz muito sentido considerando meu amor pelos filmes de Spielberg, filmes de monstros, ficção científica e dinossauros. Mas aqui vamos nós.

É um grande filme - kilômetros a frente do que qualquer outro realizador teria feito com o mesmo material dado na mesma época, como se espera de Steven Spíelberg - e o filme merece seu lugar no pedestal pelas suas partes icônicas e efeitos inovadores na indústria dos Efeitos Especiais, não há dúvida sobre isso. Mas medido por seus méritos de longo prazo?
É um destacado membro do Clube 3 Estrelas de Spielberg, encontrando-se orgulhosamente entre Minority Report, Temple of Doom e A Última Cruzada, pra ser honesta), Amistad, etc., mas "apenas" isso. E embora eu pegue a ideia de que o filme seja a versão Milenar de Tubarão, desculpe, mas Tubarão É Tubarão. Não tem igual e não foi superado por Spielberg.





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Eu trago o assunto à baila principalmente para dar ao leitor algum contexto para processar esta revisão do filme: Se você está procurando por alguém que vê o primeiro filme da franchise como escritura sagrada e lhe diz que alguém foi lá e colocou uma máscara dos óculos de Groucho Marx no Davi de Michelangelo, não é isso. Mas se você é a pessoa que acha que o filme está mais na categoria de UM MILHÃO DE ANOS A.C./ QUANDO OS DINOSSAUROS REINAVAM NA TERRA/KING KONG, então bem vindo a bordo.

Jurassic World. Uma resenha. Parte 1

Jurassic World. Uma resenha.

Então aqui está minha mais tenebrosa confissão de uma geek de filmes: eu não considero o original Jurassic Park (Parque dos Dinossauros. Não dava para terem traduzido literalmente para Parque Jurássico) como um clássico inatacável. Eu sei que isso não faz muito sentido considerando meu amor pelos filmes de Spielberg, filmes de monstros, ficção científica e dinossauros. Mas aqui vamos nós.

É um grande filme - kilômetros a frente do que qualquer outro realizador teria feito com o mesmo material dado na mesma época, como se espera de Steven Spíelberg - e o filme merece seu lugar no pedestal pelas suas partes icônicas e efeitos inovadores na indústria dos Efeitos Especiais, não há dúvida sobre isso. Mas medido por seus méritos de longo prazo?
É um destacado membro do Clube 3 Estrelas de Spielberg, encontrando-se orgulhosamente entre Minority Report, Temple of Doom e A Última Cruzada, pra ser honesta), Amistad, etc., mas "apenas" isso. E embora eu pegue a ideia de que o filme seja a versão Milenar de Tubarão, desculpe, mas Tubarão É Tubarão. Não tem igual e não foi superado por Spielberg.





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Eu trago o assunto à baila principalmente para dar ao leitor algum contexto para processar esta revisão do filme: Se você está procurando por alguém que vê o primeiro filme da franchise como escritura sagrada e lhe diz que alguém foi lá e colocou uma máscara dos óculos de Groucho Marx no Davi de Michelangelo, não é isso. Mas se você é a pessoa que acha que o filme está mais na categoria de UM MILHÃO DE ANOS A.C./ QUANDO OS DINOSSAUROS REINAVAM NA TERRA/KING KONG, então bem vindo a bordo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Hail, Caesar! Ave, César! (2016)



Estreia 7 de Abril, 2016.

George Clooney faz o trabalho pesado em Hail, Caesar!, apoiado por uma elite de co-adjuvantes com brilho próprio e uma produção perfeita. Filmado em 35mm, o filme é uma admirável revisita aos "gloriosos anos" da Hollywood da década de 1950 quando uma estrela era realmente uma estrela e o chefe do estúdio era rei. Os irmãos Coen foram capazes de capitalizar em cima da exagerada grandiosidade da era e como muito disso arrefeceu consideravelmente nos anos seguintes, ao mesmo tempo disparando uma metralhadora de insultos afiados ao establishment cinematrográfico.



Clooney é Baird Whitlock, astro de um filme dentro de um filme "Hail, Caesar!". Whitlock tem todo atributo brilhante e todo segredo sujo que um astro do cinema deve ter. Sua vida pessoal está um caos embora ele esteja esteja na profissão mais bem paga do mundo. Em meio ao seu melhor momento e talvez, sua última hora antes de sua completa auto-destruição, ele é sequestrado por um hilariante bando de comunistas que quer que ele os ajude a mudar o mundo.
Os comunas são encabeçados por um dançarino gay excêntrico, Burt Gurney (Channing Tatum) e estão aquartelados em sua extravagante mansão em Malibu. Infelizmente, Tatum está mais em caráter em "Magic Mike" e em sua interpretação impressionante em "Foxcatcher" (Foxcatcher, Uma História Que Chocou o Mundo - 2014) , mas, afinal, isto é uma farsa e não um drama.
https://www.youtube.com/watch?v=nGJq4U0ayTc
Com um elenco de apoio tão espetacular, este filme está em grave risco de desperdiçar talento, mas os Coens dão uma martelada precisa no ferro neste. Embora muitos dos atores não tenham diálogos, seus desempenhos resultam num sólido produto final, apesar de ser quase uma piada que Frances McDormand apareça entre os créditos principais por uma cena num quarto mal iluminado com pesada maquiagem como editora de filme C.C. Calhoun por apenas uns dois minutos.
Josh Brolin tem a maior parte do tempo de tela numa performance como Eddie Mannix, faz-tudo do estúdio, secretário e solucionador de problemas. Embora o cabeça do estúdio apareça apenas como voice over no telefone falando de Nova York, expedindo somente as mais ridículas ordens imagináveis, Mannix parece ser o cabeça da operação. Ele vive em conflito, como todas as personagens do filme. Uma companhia aeroespacial local com ligações tenebrosas com armas atômicas da Guerra Fria quer que ele se junte a eles como seu expeditor para conseguir resultados mais rápidos. Ele tem que escolher entre fazer o mundo seguro para Hollywood, ou seguro para a diplomacia da Guerra Fria.


A surpresa do filme é Alden Ehrenreich bancando astro de Westerns Hobie Doyle. A personagem de Doyle é a mais engraçada e a mais complexa e ultrajante desde que Woody Harrelson fez o papel do bartender júnior Woody Boyd em "Cheers"(Cheers, aquele bar - 1982). Um relativamente recém-chegado aos filmes comerciais, Ehrenreich tem um enorme futuro se sua interpretação neste filme for uma indicação. Ele interpreta o que pode ser o papel mais difícil de todos, o papel de um ator sem um traço de talento. Ao fazê-lo, ele impregna o roteiro com uma desconcertante ingenuidade e um mal oculto lado negro.
O símbolo definitivo de conflito, Tilda Swinton, salta da tela como irmãs de coluna de fofocas lutando uma contra a outra, e o mundo, pelo mais recente escândalo. Uma exposição excelente das glórias e fracassos do cinema, este filme cintila na tela com uma intensidade que não pode ser ignorada.